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Fundado em 1965, o município de Paragominas, no sudeste do Pará, se aproxima dos seus 60 anos como exemplo de cidade sustentável. Com atividades econômicas relacionadas à pecuária, produção florestal, entre outros, a cidade também é destaque no ranking dos municípios mineradores do Pará e do Brasil.

De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), em 2021 o Pará foi o maior gerador de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) do país. O ranking dos dez maiores municípios mineradores do país em 2021 possui apenas municípios paraenses e Paragominas ocupa a sexta posição.

“A mineração aqui em Paragominas foi muito bem pensada, desenhada, dialogada e planejada. Desta forma, foi muito positivo para Paragominas e auxiliou a cidade a crescer de forma organizada. Houve investimento na saúde, no social, na educação, no transporte e em outras áreas”, comenta a advogada Maxiely Scaramussa, autora do livro “Paragominas – A experiência de se tornar um município verde na Amazônia”.

A extração de bauxita na Hydro Paragominas completa 15 anos em março deste ano. A mina, que é o primeiro elo da cadeia do alumínio, é uma das principais em operação no Pará e tem trabalhado para ser uma grande aliada no desenvolvimento da cidade.

“Todas as conquistas alcançadas ao longo destes 15 anos foram fruto do trabalho de milhares de pessoas e do compromisso de todos com o desenvolvimento da Mineração Paragominas e da região. Nosso objetivo é continuar investindo em excelência operacional e inovação e crescendo de forma sustentável junto com a cidade”, celebra o diretor de Operações da Hydro Bauxita & Alumina, Carlos Neves.

Em 15 anos, a Hydro Paragominas contabiliza resultados relevantes nos campos da sustentabilidade e da inovação, contribuindo para o desenvolvimento do município e das suas operações. Em homenagem à data, confira quinze curiosidades sobre o empreendimento.

1. Sem mais novas barragens permanentes
A Hydro investiu cerca de R$ 30 milhões para colocar em operação a metodologia “Tailing Dry Backfill” que é pioneira na indústria de mineração de bauxita no Brasil. A metodologia permite que os rejeitos inertes da mineração de bauxita sejam devolvidos às áreas já abertas e mineradas, ao invés de serem depositados em áreas separadas e permanentes de armazenamento. Após a secagem em depósito temporário por 60 dias, os rejeitos de bauxita são devolvidos às áreas mineradas, antes da área ser reabilitada e reflorestada. O rejeito proveniente da mineração da bauxita é química e fisicamente similar ao que foi retirado durante o processo de lavra. Portanto, é devolvido para a natureza sem nenhum impacto ao meio ambiente. Assim, proporciona significativa redução da pegada ambiental da mineração de bauxita e mais segurança operacional.

2. De olho no clima
A Hydro vai destinar R$ 200 mil para a realização de uma pesquisa meteorológica e climatológica, no período de três anos, para aperfeiçoar a gestão dos recursos hídricos da mina de bauxita em Paragominas. O estudo integra um convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e tem o objetivo de tornar ainda mais eficiente o reaproveitamento de água da chuva na unidade, cujo indicador chegou a 83,3% no ano passado. Na prática, o projeto permitirá à empresa conhecer a sazonalidade das chuvas e o impacto de fenômenos globais; ter prognósticos diários, mensais e anuais do volume pluviométrico; e avaliar a probabilidade de ocorrência de seca severa nos próximos anos.

3. Energia renovável
Em um cenário em que a busca por fontes de energia renovável tem sido fator decisivo para operações mais limpas e sustentáveis, a Hydro dá um importante passo neste sentido e, também em parceria com a UFPA, iniciou estudos sobre o uso de placas solares na mina. A universidade irá realizar testes com um sistema fotovoltaico flutuante no reservatório de água da Hydro Paragominas. Um dos objetivos principais é possibilitar a redução da evaporação da água dos reservatórios da planta, além de oferecer uma nova fonte de energia capaz de atender parte do consumo próprio da mina. O investimento inicial no projeto é de cerca de R$ 1 milhão e a pesquisa tem duração de dois anos.

4. Parceria pela conservação da biodiversidade
Estudos que vêm sendo realizados pelo Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC na sigla em inglês), em parceria com a Hydro, trazem resultados animadores. O BRC é formado pela Universidade de Oslo, da Noruega, e seus parceiros brasileiros, Museu Paraense Emílio Goeldi, UFPA e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), além da Hydro. Estabelecido em 2013, o BRC foi renovado por mais cinco anos em 2017. O consórcio mantém um programa de pesquisa conectado às operações de mineração da Hydro. O objetivo é investir na pesquisa para o fortalecimento das estratégias de conservação da fauna e da flora amazônica, além da geração de informações que subsidiem a melhoria dos processos de recuperação florestal das áreas mineradas de bauxita em Paragominas. O BRC já conta com 26 projetos aprovados e em andamento, engajando cerca de 220 pesquisadores de diferentes níveis acadêmicos e especialistas de diferentes grupos biológicos. A parceria gerou dezenas de produtos científicos (artigos, papers, dissertações de mestrado, entre outros), já resultou na descoberta de 3 novas espécies de fungos,1 nova espécie de vespa e 1 de percevejo, além de 2 prêmios nacionais (ABAL e SOBRE) e 1 internacional (ICSOBA).

5. A primeira onça-pintada a receber um colar telemétrico no Pará foi acompanhada por pesquisadores do BRC
E foi em Paragominas. A onça-pintada é um macho de quatro anos e pesa cerca de 45 kg. Esse é um dos estudos realizados na área da Mineração Paragominas. O projeto faz parte do BRC e a comprovação da existência do maior felino das Américas na área da Mineração Paragominas é um importante indicador de qualidade ambiental, pelo fato da onça-pintada estar no topo da cadeia alimentar e necessitar de grandes áreas para sobreviver. Por isso, um dos objetivos dos pesquisadores é entender como os animais estão se adaptando a uma nova realidade de áreas de influência da Hydro Paragominas, que além de áreas de floresta, conta com mais de 2.600 hectares já foram reabilitados.

6. Dos felinos às aves
A pesquisa “Diversidade de aves em três áreas em diferentes estados de conservação”, iniciada em 2017, constatou o retorno de pássaros em áreas em recuperação em Paragominas. Até o momento, foi encontrado o total de 228 espécies durante a pesquisa. Nas regiões avaliadas, foram encontradas espécies correspondentes com o estágio de reflorestamento em que essas áreas se encontram. O objetivo da recuperação ambiental é restabelecer os elementos do ecossistema conforme o seu estágio sucessional. Após oito anos de reflorestamento, foram encontradas espécies de aves que se alimentam de sementes, frutos ou partes de plantas. Outro importante indicador é o fato de que todas as espécies encontradas se reproduzem no local. Nas áreas de floresta da Hydro Paragominas também já foram encontradas algumas aves ameaçadas de extinção, como a Ararajuba. No caso das aves, um excelente indicador da qualidade das florestas remanescentes da área da Hydro é a presença do Gavião-real, que está no topo da cadeia alimentar e já foi encontrado na área de floresta nativa próximo da mina. Isso indica que as florestas remanescentes na área apresentam bom estado de conservação e serão fundamentais para o processo de recuperação florestal da área como fonte de colonização de espécies de aves e corredores ecológicos para outros grupos da fauna nativa.

7. Retorno das pesquisas em campo
Em fevereiro deste ano, o BRC retornou às atividades em campo na Hydro Paragominas depois de quase dois anos sem ir a campo. Mas a equipe não ficou parada. Em 2020 e 2021, houve um número considerável de publicações em revistas científicas, com mais de 30 artigos publicados ou aceitos para publicação. Houve ainda o desenvolvimento do Plano Estratégico do consórcio e aumento significativo no número de alunos apoiados pelo BRC, tanto para alunos de graduação quanto pós-graduação, destacando a importância do consórcio para as instituições envolvidas e para a ciência desenvolvida na região.

8. Reflorestamento
Mais de 2.600 hectares já foram reflorestados na região da Hydro Paragominas desde 2009. Em 2021 foram reabilitados um total de cerca de 290 hectares pela Hydro Paragominas, dos quais aproximadamente 45% do reflorestamento foram realizados com a técnica de nucleação e 55% com o plantio tradicional. A nucleação consiste na formação de "ilhas" ou núcleos de vegetação com espécies com capacidade ecológica de melhorar significativamente o ambiente, facilitando a ocupação dessa área por outras espécies. As espécies usadas na recuperação das áreas da Mineração Paragominas são referenciadas no inventário feito pela empresa, antes da extração do minério, com aproximadamente 50 espécies adaptáveis à realidade da região. Dentre as espécies, já foram plantados ipê amarelo, maçaranduba, jatobá, copaíba, ingá-de-macaco, sucuuba, paricá, fava bolota.

9. Reaproveitamento de rejeitos
Uma terceira parceria assinada pela Hydro com a UFPA tem desenvolvido pesquisas para o reaproveitamento do rejeito da bauxita. Está sendo estudada a viabilidade do uso do rejeito do minério da mina de bauxita da Hydro para a produção de telhas, tijolos, materiais refratários, cimento de baixo carbono e até um plástico biodegradável. O rejeito a ser estudado na pesquisa é resultado do beneficiamento da bauxita, ou seja, ele é apenas argila, sem qualquer aditivo químico. A pesquisa terá duração de três anos e contará com investimento de cerca de R$ 500 mil da Hydro.

10. Diversidade e Talento
Odimária Araújo foi a primeira mulher a operar uma escavadeira de grande porte na mina e é, também, a empregada mais antiga da Hydro Paragominas. Odimária completa 15 anos de trajetória na empresa, comemorando tempo de companhia juntamente com o próprio aniversário de operação da mina. Ela trabalhou na construção do mineroduto e recebeu o convite para participar da seleção e chegou à mina junto com os primeiros equipamentos. Hoje, além dela, seu filho também trabalha na empresa, atuando na mesma função.


Por outro lado, Bruno Cunha, engenheiro de Meio Ambiente, possui 3 anos de vínculo com a empresa e é um dos mais novos talentos da Hydro Paragominas. Ele tem 30 anos e começou como prestador de serviços e, quando surgiu uma vaga e a oportunidade de se tornar efetivo, se inscreveu e foi recrutado. Ele destaca a credibilidade da Mineração Paragominas e sua responsabilidade socioambiental, além de enxergar condições de crescimento da sua carreira profissional dentro da empresa.

11. Certificação ASI: sustentabilidade reconhecida
A Hydro Paragominas é certificada pelo Aluminum Stewardship Initiative (ASI), uma auditoria independente deve verificar se a planta opera de acordo com padrões internacionais definidos relacionados à governança, política e gestão, transparência, meio ambiente e biodiversidade, questões sociais e direitos trabalhistas, para mencionar alguns – já que os requisitos são extensos. A certificação foi obtida em junho de 2019 e foi um marco importante que destaca o compromisso e esforços para produzir matérias-primas de alumínio de acordo com os mais altos padrões industriais de responsabilidade e sustentabilidade e para entregar produtos certificados aos clientes e a toda cadeia de valor do alumínio.

12. A bauxita tem mais de 1.800 parâmetros analisados
O processamento da bauxita na Mineração Paragominas envolve diversas etapas importantes, como a extração de minério na mina, a remoção de minerais indesejáveis e adequação do tamanho das partículas de minério para atender as especificações da planta de beneficiamento da mina, mineroduto e a refinaria Alunorte, também da Hydro. Durante este processo, é realizado um robusto controle de qualidade para garantir a performance e atendimento às especificações do produto final entregue à refinaria, envolvendo mais de 1.800 parâmetros analisados por ano no laboratório da Mineração Paragominas. Entre as análises realizadas, destaca-se uma simulação do refino da bauxita, reproduzindo em escala reduzida o processo ao qual a bauxita será submetida na Alunorte. Essa simulação ajuda no controle e certificação da qualidade do minério de forma mais aderente às necessidades do cliente.

13. A Mineração Paragominas tem uma trilha ecológica!
Para demonstrar os seus programas de controle ambiental e criar maior conexão com os stakeholders, em 2019, a Mineração Paragominas criou um espaço para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental: uma trilha ecológica de 114 metros, que abriga orquídeas, bromélias, espécies florestais nativas de grande relevância comercial e espécies vulneráveis. Ao percorrerem a trilha, os visitantes conhecem e constatam in loco a importância dos principais programas de monitoramento e conservação da biodiversidade da região. Também é possível observar na saída da trilha uma maquete com as metodologias aplicadas na recuperação florestal. No quiosque de apoio, os visitantes recebem informações sobre as iniciativas e podem verificar a área de plantio histórico na empresa. Essas medidas contribuem para a conexão entre a Mineração Paragominas e seus visitantes. A trilha já recebeu o poder público, instituições de ensino, secretarias de meio ambiente e jornalistas, além dos empregados diretos e contratados.

14. O primeiro mineroduto de bauxita do mundo começa em Paragominas
O mineroduto da Mineração Paragominas foi a primeira experiência no mundo com transporte de minério por meio de duto enterrado, por isso, os estudos e projetos foram desenvolvidos com os mais altos padrões de qualidade para atender às necessidades técnicas específicas do projeto, se tornando uma referência em termos de tecnologia. O método consome menos energia e não emite gases de efeito estufa. O mineroduto transporta bauxita da mina em Paragominas para a refinaria Alunorte, em Barcarena. Ele possui 244 km de extensão e passa por sete municípios do estado: Paragominas, Ipixuna do Pará, Tomé-Açu, Acará, Moju, Abaetetuba e Barcarena.

15. Operação integrada
A Mineração Paragominas se prepara para colocar em prática um novo conceito de operação interligada, incorporando as melhores práticas adotadas pelo mercado. Com a nova sala integrada de controle, que está em obras, o trabalho de 11 equipes operacionais será executado a partir de um único ambiente, tornando mais dinâmico o processo e diálogo entre as diferentes áreas. A sala de controle integrada vai reunir equipes da operação da Usina, processo de Beneficiamento, Despacho, Mineroduto, Rejeitoduto e Geotecnia. O ambiente foi estruturado com equipamentos modernos para garantir mais confiabilidade às atividades e conforto e bem-estar às equipes. Em paralelo aos ajustes finais da sala, as equipes trabalham no plano de mobilização do novo espaço. Nessa etapa, os operadores de cada equipe fazem os testes necessários nos novos equipamentos para garantir que todas as funcionalidades estejam de acordo com a qualidade necessária para a operação.